No dia 26 de maio se comemora a independência da Geórgia que até 1991 viveu sob o manto comunista da antiga União Soviética.
O país é pequeno e fica ao sul da Rússia e dos Cáucasos motivo, aliás, porque, juntamente com a Armênia e o Azerbaijão, são conhecidos como os países do Cáucaso do Sul.
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A Geórgia está no caminho da Rota da Seda (Uplistsikhe) e ao longo da sua história foi ocupada por vários povos. A sua identidade foi formada a partir da assimilaçāo de inúmeras culturas e tradições. A história do país remonta à uma das mais antigas civilizações do mundo fora da África. Hoje a Geórgia é de maioria ortodoxa cristã, possui idioma próprio interessantíssimo (vale a visita ao museu do idioma Georgeano) e Tblisi é a sua capital.
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Famosa pela sua hospitalidade e paisagens incríveis que encantam os amantes da natureza e do trecking, a Geórgia também se destaca quando o assunto é gastronomia e vinho.
Reza a lenda local que Deus deixou cair pedaços de comida nesta região do Cáucaso, tornando o solo georgiano abençoado. Com grande variedade de carnes, vegetais, nozes e ervas aromáticas, são vários os pratos típicos na Geórgia como o Khachapuri (pāo típico, assado com as bordas recheadas com queijo e que se pode comer com ovo, cogumelos ou carnes) – nas palavras do Pedro Andrade, uma mistura deliciosa de pão, qualhada, fondi e ovo no centro. Imperdíveis também são os Khimkalis, os famosos “dumplings” georgianos, feitos com uma massa fina, retorcida e cozida, recheada de carne bovina, cordeiro ou porco, ou ainda com cogumelos ou queijos. Importante saber que os khimkalis devem ser comidos com as mãos e o topo da massa chamado de Kudi deve ser deixado no prato para se saber quantos khimkalis cada um comeu.
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Os vinhos georgianos, com 8000 anos de história, são uma atração a parte. No seu pequeno território (o país tem aproximadamente o tamanho da Suiça), a Geórgia tem mais de 500 variedade de castas de uva autóctones e em várias vinícolas a fermentação e envelhecimento ainda se dão em ânforas (qvevri) que são enterradas até o “pescoço”e seladas com argila e/ou barro. A região mais tradicional para os vinhos é Kakheti e fica a leste do país. Os principais produtores incluem Schuchmann e Tsinandali Estate, em Kakheti. Mais tradicionais são a Orgo e Lagvinari que elaboram vinhos georgianos artesanais de menor produção mas ainda utilizando a técnica tradicional.
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Tbilisi é a capital e a maior cidade do país. A cidade alia modernidade e tradições ao apresentar construções com projetos modernos e super arrojados perfeitamente integradas à cidade histórica, seu forte do Séc. IV, suas igrejas do Sec. VI (onde ainda são celebradas missas) e seus típicos casarões com treliças e vitrais encantadores. Em Tbilisi se encontram ótimos restaurantes de gastronomia internacional e local como o Shavi Lomi e a noite agitada por DJ’s famosos tem atraído cada vez mais a atenção dos jovens que chegam a chamar a cidade de nova Berlim.
Além de Tbilisi, Gori (cidade natal de Stalin), Kutaisi (Vila Medieval encantadora), Vardzia Cave Town (Era de Ouro Georgeana e da rainha Tamara – Séc XI a XIII), a belíssima Catedral de Gergeti em Karzberg, o Monastério em Signaghi (Santa Nino – que levou o cristianismo para o país) e Tsinandali (onde fica o Palácio da Aristocracia antes da invasão Soviética) são algumas das atrações históricas e culturais imperdíveis na Geórgia.
Desde o colapso da URSS, a Geórgia tem sido um país com pressa na busca de mostrar ao mundo a sua identidade, cultura, tradições. O objetivo é resgatar a sua história por muitos anos abafada pelo comunismo russo e apresentar-se ao mundo como o berço da civilização do vinho e da cultura.
Hoje, 26 de maio, comemoramos e parabenizamos a Geórgia independente, autentica, hospitaleira, orgulhosa da sua cultura e tradições e que merece ser visitada, explorada, conhecida e degustada!
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