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O Natal é comemorado praticamente no mundo inteiro.

De cunho religioso ou de origem pagās, as tradições natalinas são variadas e muitas vezes bastante curiosas. O fato é, durante algumas semanas a cada ano, o mundo assume um brilho mágico, as pessoas parecem mais alegres e as famílias se reúnem.

Esteja você celebrando um festival religioso, como Hanukkah ou Natal, ou uma ocasião mais secular, você com certeza terá sua própria seleção de rituais ou costumes que tornam a temporada de férias tão especial.

Nossas tradições de Natal favoritas ao Redor do Mundo são barulhentas, orgulhosas e garantem muita diversão festiva e alegre.Festival da Lanterna Gigante, FilipinasGävle Goat, SuéciaKrampus, Áustriakwanzaa – ÁfricaThe Yule Lads, IslândiaDia de São Nicolau, AlemanhaNoruega e a vassouraIluminação da Menorá Nacional de Hanukkah, EUAVenezuela – missa de patinsDia das Velas, ColômbiaCavalgada de Luzes, TorontoA Árvore de Natal em Portugal – uma tradição importada da Alemanha por D. Fernando II e que muito provavelmente inspirou os brasileiros nas suas comemorações natalinas.Pancha Ganapati – uma celebração Hindu
Taste the World – Box TASTE de Natal – um pequeno símbolo de gratidão pela vinda de Jesus Cristo e por tudo que significou e significa para a humanidade.
Festival da Lanterna Gigante, Filipinas

O Festival das Lanternas Gigantes (Ligligan Parul Sampernandu) é realizado todos os anos no sábado antes da véspera de Natal na cidade de San Fernando – a “Capital do Natal das Filipinas”.

O festival atrai espectadores de todo o país e de todo o mundo. Onze barangays (aldeias) participam do festival e a competição é acirrada enquanto todos tentam construir a lanterna mais elaborada. Originalmente, as lanternas eram criações simples com cerca de meio metro de diâmetro, feitas de ‘papel de hapon’ (papel origami japonês) e iluminadas por velas.

Hoje, as lanternas são feitas de uma variedade de materiais e cresceram para cerca de seis metros de tamanho. Elas são iluminados por lâmpadas elétricas que brilham em um caleidoscópio de padrões.
Gävle Goat, Suécia

Desde 1966, um Yule Goat de 13 metros de altura foi construído no centro da Praça do Castelo de Gävle para o Advento, mas esta tradição de Natal sueca involuntariamente levou a outra “tradição” – pessoas tentando incendiá-lo. Desde 1966, a cabra foi queimada com sucesso 29 vezes – a destruição mais recente foi em 2016.
Krampus, Áustria

Uma criatura demoníaca semelhante a uma fera que vagueia pelas ruas da cidade assustando crianças e punindo os maus – não, isso não é Halloween, mas o cúmplice do mal de São Nicolau, Krampus.

Na tradição austríaca, São Nicolau recompensa bons meninos e meninas, enquanto Krampus captura as crianças mais travessas e as leva embora em seu saco. Na primeira semana de dezembro, os jovens se fantasiam de Krampus (especialmente na véspera do dia de São Nicolau) assustando crianças com correntes e sinos barulhentos.
Kwanzaa

O Kwanzaa é uma celebração não religiosa que foi criada em 1966 pelo ativista Black Power Maulana Karenga. Kwanzaa vem da expressão matunda ya kwanza, que significa “primeiro fruto” em suailí. É um agradecimento à natureza e aos ancestrais, que deve promover a comunidade e a unidade. A Kwanzaa é celebrada pela diáspora africana, principalmente nos Estados Unidos anualmente, de 26 de dezembro até 1 de janeiro

Em cada uma das sete noites do Kwaanza, é acesa uma vela no Kinara, um castiçal: três verdes, três vermelhas e uma preta. Essas cores representam África. Durante a festa do Kwanzaa, a cor preta representa as pessoas, a cor vermelha representa a luta dessas pessoas e a cor verde representa o futuro e a esperança. Além disso, cada dia tem um tema definido, também chamados de os sete princípios do Kwanzaa (Ngzuo Saba): Unidade (umoja), Autodeterminação (kujichagulia), Responsabilidade & Trabalho Coletivo (ujima), Economia Cooperativa (ujamaa), Propósito (nia), Criatividade (kuumba) e Fé (imani). 

Os sete princípios correspondem a sete símbolos. Durante as celebrações, um Mkeka (tapete de palha) fica debaixo da mesa, que é coberto por um tecido Kente ou outro tecido africano. O Mkeka representa o fundamento da cultura e da história. O Kinara (castiçal) é uma conexão com os ancestrais, um símbolo das raízes. As Mischumaa Saba (sete velas) representam os sete princípios. O Mazao (colheita) em forma de frutas representa a recompensa pelo ganho em comum, o Muhindi (milho) representa as crianças e o futuro, que elas personificam. O Kikombe Cha Umoja (taça da unidade) também sobre o Mkeka. A taça representa o princípio básico da unidade, que torna tudo possível. O último símbolo é o Zawadi (presentes), que representa trabalho e crescimento. Outros símbolos são a bandeira preta, vermelha e verde e um pôster dos sete princípios do Kwanzaa.

Saudações:
nos Estados Unidos, é usado sobretudo Happy Kwanzaa (Feliz Kwanzaa!),
mas muitos se cumprimentam com a frase Habari gani? (“Quais são as novidades?”, em suaíli); essa pergunta é respondida com o princípio de cada dia (p.ex., Um
The Yule Lads, Islândia

Nos 13 dias que antecederam o Natal, 13 personagens parecidos com trolls astutos saíram para jogar na Islândia. Os Yule Lads (jólasveinarnir ou jólasveinar em islandês) visitam as crianças de todo o país nas 13 noites que antecedem o Natal.

Para cada noite de Yuletide, as crianças colocam seus melhores sapatos na janela e um Yule Lad diferente visita, deixando presentes para meninas e meninos legais e batatas podres para os travessos. Vestidos em trajes islandeses tradicionais, esses caras são muito travessos e seus nomes sugerem o tipo de problema que gostam de causar.
Dia de São Nicolau, Alemanha

Não confundir com Weihnachtsmann (Papai Noel), Nikolaus viaja de burro no meio da noite de 6 de dezembro (Nikolaus Tag) e deixa pequenas guloseimas como moedas, chocolate, laranjas e brinquedos nos sapatos de boas crianças por toda a Alemanha, e particularmente na região da Baviera.

São Nicolau também visita crianças nas escolas ou em casa e em troca de doces ou um pequeno presente cada criança deve recitar um poema, cantar uma canção ou fazer um desenho. Resumindo, ele é um cara legal. Mas nem sempre é divertido. St. Nick frequentemente traz Knecht Ruprecht (Farmhand Rupert). Um personagem diabólico vestido com roupas escuras cobertas de sinos e uma barba suja, Knecht Ruprecht carrega uma vara ou um pequeno chicote nas mãos para punir qualquer criança que se comportar mal.
Noruega

Talvez uma das tradições mais heterodoxas da véspera de Natal possa ser encontrada na Noruega, onde as pessoas escondem suas vassouras.

É uma tradição que remonta a séculos, quando as pessoas acreditavam que bruxas e espíritos malignos saíam na véspera de Natal em busca de vassouras para cavalgar.

Até hoje, muitas pessoas ainda escondem suas vassouras no lugar mais seguro da casa para evitar que sejam roubadas.

 
Iluminação da Menorá Nacional de Hanukkah, Washington, D.C. – EUA

O Hanucá (também conhecido Chanucá, Festival das Luzes, do hebraico חֲנוּכָּה) é uma festa judaica comemorada por oito dias. No Hanucá (do hebraico para “dedicação” ou “inauguração”) é celebrada a recuperação do segundo templo no ano 165 a.C.

No ano 164 a.C. um grupo de judeus, os macabeus, retomou o controle sobre o templo dos governantes helenísticos. Segundo uma passagem do Talmude – o texto central do judaísmo e a fonte principal das leis religiosas judaicas – foi encontrado no templo devastado um único jarro com óleo. A quantidade de óleo deveria ser suficiente apenas para iluminar o templo por um dia, mas milagrosamente ele queimou por oito dias e oito noites. Assim, a história do Hanucá é um motivo para acreditar em milagres.

Quando: O início do Hanucá ocorre no 25.º dia do Kislew, o terceiro mês do calendário civil ou o nono mês do calendário religioso judaico. No calendário gregoriano, o Hanucá começa geralmente em novembro ou em dezembro.

O Hanucá costuma ser celebrado em casa, com a companhia da família e/ou amigos. As pessoas se encontram ao anoitecer, acendem as velas da hanukiá – uma menorá de nove velas –, cantam e oram. A hanukiá é colocada em algum lugar bem vistoso na casa ou na frente da janela. Geralmente uma das velas é mais alta ou baixa do que as outras e é usada para acender as demais. Essa vela é chamada de Schamasch (do hebreu שַׁמָּשׁ, servo). A cada noite, uma nova vela é acendida pela Schamasch até que na última noite da celebração todas as velas são acesas juntas.

Fazem parte das comemorações o canto de uma série de canções tradicionais de Hanucá e o jogo dreidel. Trata-se de um pilão de madeira de quatro lados, e cada lado tem uma letra do alfabeto judaico impressa. Essas letras são a abreviação de um ditado hebraico: נס גדול היה שם (Nes Gadol Haya Sham, “Um grande milagre aconteceu lá”). Para relembrar o papel especial do óleo no milagre de Hanucá, são preparadas comidas cozinhadas com óleo, como latkes (panquecas de batata ralada) e sufganiya (doce similar ao sonho ou bolas de Berlim).

Saudações:
Chanukka sameach! (Feliz Hanucá!)
Chag Chanukka Sameach! (Feliz Festival das Luzes!)
Chag sameach! (Boas Festas!)

O feriado judaico de Hanukkah é celebrado com muita fanfarra nos Estados Unidos, com um dos eventos mais elaborados ocorrendo no cenário nacional. Desde 1979, uma Menorá gigante de nove metros é erguida no terreno da Casa Branca durante os oito dias e noites de Hanukkah. A cerimônia em Washington, D.C. é marcada com palestras, música, atividades para crianças e, claro, o acendimento da Menorá.

O acendimento da primeira vela na Casa Branca ocorre às 16h, faça chuva ou faça sol, e uma vela adicional é acesa a cada noite sucessiva. A participação do evento é gratuita, mas os ingressos devem ser reservados com antecedência.
Venezuela

Adora o Natal, mas acha que poderia ser melhorado com patins?

Todas as vésperas de Natal, os residentes de Caracas vão para a igreja no início da manhã – até agora, tudo normal – mas, por razões que só eles conhecem, eles o fazem de patins.

Esta tradição única é tão popular que as estradas da cidade são fechadas para carros para que as pessoas possam patinar até a igreja em segurança, antes de irem para casa para o jantar de Natal nada tradicional de ‘tamales’ (um embrulho feito de massa de fubá e recheado com carne e depois cozido no vapor).

 
Dia das Velas, Colômbia

O Dia das Velas (Día de las Velitas) marca o início da temporada de Natal em toda a Colômbia. Em homenagem à Virgem Maria e à Imaculada Conceição, as pessoas colocam velas e lanternas de papel em suas janelas, varandas e quintais.

A tradição das velas cresceu, e agora vilas e cidades inteiras em todo o país ficam iluminadas com exibições elaboradas. Alguns dos melhores são encontrados em Quimbaya, onde os bairros competem para ver quem consegue criar o arranjo mais impressionante.

 
Cavalgada de Luzes, Toronto

No inverno, na maravilhosa Toronto, a Cavalgada de Luzes anual marca o início oficial da temporada de férias. A primeira Cavalgada aconteceu em 1967 para mostrar a recém-construída Prefeitura de Toronto e a Praça Nathan Phillips.

A Praça e a árvore de Natal são iluminadas por mais de 300.000 lâmpadas LED de baixo consumo de energia, que brilham do anoitecer até as 23h até o Ano Novo. Além disso, você poderá testemunhar shows de fogos de artifício espetaculares e patinar no gelo ao ar livre.
A árvore de Natal em Portugal

A tradição da árvore de Natal chegou a Portugal através de D. Fernando II.
Até princípios de oitocentos, a tradição de festejar o Natal em Portugal consistia em adorar o presépio e o Menino Jesus. A árvore de Natal surge em Portugal com o rei D. Fernando II ( de origem alemã), ao  casar-se em 1836 com a rainha D. Maria II. Querendo manter as tradições da sua infância, D. Fernando resolveu fazer no palácio da Pena uma árvore de Natal para os seus filhos, e decorou-a com velas, bolas e frutos, tal como na Alemanha. Ofereceu presentes aos seus filhos, vestido de São Nicolau. D. Fernando II, também conhecido como o rei artista, fez várias gravuras que retratam o seu Natal em família.

D.Maria gostava particularmente desta tradição e nas cartas que escrevia à rainha Vitória, sua prima, descrevia os preparativos para a festa de Natal, que seria, aliás, muito semelhante ao de Vitória, que se casara também com um alemão, Alberto, primo de D. Fernando.
Las Posadas

Las Posadas vem da palavra espanhola posada (pousada) que, nesse caso, se refere a estalagem da História do Nascimento de Jesus Cristo. A expressão é usada no plural porque a festa tem a duração de nove dias durante a época de Natal, representando os nove meses de gravidez de Maria, a mãe de Jesus. Essa tradição foi trazida para o México em 1500 pelos católicos missionários espanhóis.

Celebrado sobretudo na América Latina, México, Guatemala, Cuba, Espanha e pela população hispânica nos Estados Unidos. A tradição tem suas raízes no catolicismo, embora protestantes na América Latina também celebrem, entre 16 e 24 de dezembro

Como parte das celebrações de Natal, são organizadas posadas para a família, amigos e vizinhos. Uma posada é uma reconstituição da peregrinação dos peregrinos (los peregrinos), com a ida de Maria e José para Belém à procura de hospedagem. 

Na reconstituição, o dono da posada faz o papel de estalajadeiro. Cada grupo segura velas acesas e canta versos alternadamente. Então, os proprietários abrem as portas e recebem os peregrinos. As festas nas posadas não apenas têm rituais tradicionais, como também são repletas de confraternizações, comidas autênticas e diversão para toda a família, incluindo uma bebida de Natal especial (ponche con piquete, um ponche de frutas quente) e uma piñata recheada de guloseimas.

As pinãtas tradicionais mexicanas, que não são usadas somente no Natal como também em aniversários e demais festividades, têm o formato de uma estrela de sete pontas, são feitas com papel machê e decoradas com papel crepom. As sete pontas representam os sete pecados capitais que o “pecador”, com os olhos vendados, deve destruir. Na esperança de derrotar os pecados, ele tenta atingir a piñata em movimento com uma vara até furá-la, sendo então recompensado com bênçãos (doces).

Também faz parte da celebração ir à Missa do Galo (Misa de Aguinaldo ou Misa de Gallo). 

Saudações:
¡Feliz Navidad! (Feliz Natal!)
¡Felices fiestas! (Boas Festas!)
Pancha Ganapati

A Pancha Ganapati é uma celebração hindu em homenagem ao deus Ganesha, o protetor da sabedoria, ciências e artes. No começo, o nome da celebração era uma forma especial de honrar o deus Ganesha, que também é chamado de Ganapati em certas regiões do subcontinente indiano, que possui uma grande diversidade linguística. Literalmente, esse nome popular significa “senhor dos exércitos”. Além disso, a importância das comidas oferecidas a Ganesha/Ganapati contribui para que essa celebração seja um grande festival gastronômico. Como Ganesha é considerado, entre outros, como o deus dos obstáculos, essa celebração representa a superação dos erros passados e dá forças para que os devotos tenham um recomeço. O Pancha Ganapati é celebrado principalmente na Índia, mas também por hindus no mundo inteiro entre os dias 21 e 25 de dezembro.

As festividades do Pancha Ganapati são bem parecidas com as do Natal no Ocidente. Para os hindus modernos, Pancha Ganapati é uma celebração em família. São trocados presentes, sendo a alegria das crianças o grande foco. São bem vistos, sobretudo, presentes feitos a mão. Em homenagem ao deus Ganesha/Ganapati, a tradição é que cada família tenha na sala de estar um santuário de madeira ou de bronze com uma estátua ou, pelo menos, uma imagem do deus com cabeça de elefante. Nele, são realizadas reverências e orações (pujas) diariamente. Além disso, costumam ser servidos doces. E também canta-se bastante.

Cada dia da celebração tem uma cor própria, simbolizando um tema. O primeiro dia é amarelo e, com a família, discutem-se comportamentos indesejáveis. O segundo dia é azul e a reconciliação é estendida a amigos e vizinhos. O terceiro dia é vermelho e é dedicado à harmonia nas relações comerciais e na Terra, de forma geral. O quinto dia é verde e pertence à arte, então há bastante cantoria, música ao vivo e danças. O último dia é laranja, dedicado à harmonia e boas resoluções.
Carolina Fonseca Vilela

Carolina Fonseca Vilela

Travel Designer – Owner/CEO da Taste the World

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